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CHILE OU NÃO CHILE? EIS A QUESTÃO

Como a consolidação de ambiciosas reformas estruturais pode impulsionar o crescimento.

O Brasil continuará nos próximos 50 anos entre as 10 maiores economias mundiais, estima o FMI. No entanto, olhamos com uma justificável inveja os índices do Chile, seu IDH, sua escolaridade, o seu controle da criminalidade e principalmente as suas projeções econômicas que diferentemente dos índices brasileiros destacam-se no bloco da América Latina.

Os próximos 50 anos verão grandes mudanças no tamanho relativo das economias mundiais, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O PIB poderá crescer cerca de 3% no período e o crescimento rápido na China e na Índia farão seu PIB combinado com Paridades de Poder de Compra (PPPs), medido em 2005, logo superem as economias do G7. Mas para que isso aconteça, os países em crescimento deverão fazer reformas estruturais ambiciosas.

O governo do Chile vem fazendo seu dever de casa para contornar a desigualdade e tem se valido de uma política econômica que busca deixar os gastos públicos mantidos sem grandes alterações nos momentos em que o mercado é favorável, para que o governo tenha recursos para seguir ampliando os investimentos sociais quando necessários. Isso evita que um período de prosperidade eventual seja utilizado para ganhos políticos de curto prazo, gerando rombos para as administrações futuras, como ocorreu no Brasil.

Este destaque do Chile não é recente, no passado ele conseguir recuperar-se de uma crise, onde sofreu um enorme e rápido declínio em um único ano na década de 80. Dez anos depois, dados da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina eo Caribe (CEPAL) mostraram que o Chile experimentou o maior crescimento econômico de todos os países da região durante os anos 80, com exceção de alguns países caribenhos que não foram afetados pelos choques externos.

O governo brasileiro está defendendo uma polêmica reforma da previdência, buscando aproximações com o modelo chileno, onde a privatização foi o grande impulsionador. O Congresso que deverá votar a proposta e pressiona pela não aprovação da reforma da previdência. Sem dúvidas, o Brasil poderia se beneficiar de uma racionalização abrangente dos procedimentos de reformas e uma melhor coordenação entre instituições reguladoras. Isso permitiria uma significativa velocidade de implantação das mudanças.

Seguindo o exemplo do Chile, as reformas do mercado de produtos merecem um estágio central na arena de reforma prioritária. Tais reformas provavelmente melhorarão os negócios e ajudarão no crescimento através do acúmulo de fatores de produção, bem como produtividade. Além disso, uma maior flexibilidade do mercado de trabalho, um reforço e um melhor políticas de mercado de trabalho, e fortalecimento da capacidade de inovação e P & D tendem a desempenhar papel positivo com custos fiscais limitados. É o que se espera.

A renda per capita da população brasileira era levemente superior que a da população chilena em 1980, já as projeções para 2023 revelam um cenário de significativa mudança, como pode ser visto no gráfico acima e nas figuras abaixo.

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