Dados: Boletim Resultado do Tesouro Nacional (RTN) – Despesas do governo central, INSS.
Quando experimentamos um remédio torcemos para que ele tenha um sabor adocicado, apesar de nunca compreender nossas expectativas, e quando tratamos de reformas econômicas elas também dificilmente atendem.
Sem discurso de juízo a favor ou contra partidos, uma coisa é certa, a reforma para a previdência é uma pauta importante e tem circulado nas discussões políticas nacionais com bastante intensidade, mas a dúvida que surge sempre é a de que, precisamos mesmo dessa reforma?
Se observarmos o gráfico acima, que possui a série de gastos do governo central já deflacionada para março deste ano, conseguimos obter embasamento que corrobora com a necessidade de uma reforma, os gastos do brasil com esse tipo de recurso só aumentam. Os gastos aqui compreendem a parcela que diz respeito somente ao INSS, outros regimes estão excluídos dessa análise.
Então, o remédio já é amargo, mas como será no futuro? Se considerarmos que possuímos um déficit primário (diferença entre a receita primária e as despesas) que se mantém desde 2014, postergar a reforma pode ser perigoso, e ter um sabor tão ruim que podemos nos engasgar.
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